Eu to perdida dentro de mim. Comecei a pensar no tamanho da confusão. Encontrei o exato momento em que me perdi. Me perdi quando fui roubada...
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Mais um devaneio de tempo
O tempo que emprega em mim a tolice
Vai me trazendo de "presente"
todo o mal de ser humana.
Esqueço por inúmeras vezes
que o "essencial é invisível aos olhos"
Me trás a presunção do amadurecimento
E o óbvio de anos atrás
vai se transformando em dificuldade
Vou desaprendendo
desamando, sofrendo por bobagens
e sendo pela primeira vez infantil.
O tempo que mostra as dores
nunca as cura
Só nos engana e esquecemos
Mas não. Elas ali sempre permanecem
se acumulam, e se mostram
Principalmente quando não podemos
Ele vai transformando a gente
quando observei
já era outra
Tirana de mim.
O tempo, é um senhor
que sabe bem o que faz
mas nesse mundo cheio de maldade
ele se adaptou como camaleão
Soberano, prepotente!
Nos arrasta com a força
que só ele tem.
Mas o tempo, tem outro lado
que só vê quem enxerga
caminha contra corrente
e não tem medo de queda livre
Os que se escolhem
se defendem, se assumem.
Esses sabem que o tempo
"é um senhor tão bonito"
sexta-feira, 27 de julho de 2012
A menina da sandália amarela.
Sentada na escada do anfiteatro
Lá estava ela
A menina da sandália amarela
Observando cada gesto do mundo torto
Sorria pro nada guardando suas dores
Era uma menina tão pequena
que não cabia em si
Se sentia sempre faltando
Sobrava amor, curiosidade
alegrias, angustias e descobertas...
Faltavam amigos.
Mas isso ela guardava pra si
Não queria chatear seus colegas
Que tanto implicavam
com sua sandália amarela
Nunca foi beijada
Gostava mesmo era de girar e girar
Era sempre a esquisita
Muito amada, imitada
Mas nada compreendida
Fazia seus próprios cadernos extras
Só pra ficar juntando palavras
Questionava tudo
E não sabia de nada
Mesmo que enxergasse o mundo
Gostava de ser calada
Sempre achou versos no meio do nada.
Embora fosse estranha a menina
Era ela quem liderava
Se via diferente
Mas isso não a incomodava
Sua sandália amarela
Era bonita e um poço de conforto
Qualquer comentário maldoso
Era sempre uma bobagem
No futuro descobriu
que qualquer coisa incomoda
os que precisam de sentimentos
E que sua sandália amarela
Era só um pretexto
Para se aproximarem dela
Que sempre foi tão fechada
Por que sim. Era esquisita
Mas era dona de um imenso coração
E sentimentos?
Isso pra ela, não faltava não!
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